17 de ago. de 2011

Ajude um ladrão: Desarme o cidadão.


No dia 08 de janeiro, na cidade de Tucson, Arizona (EUA), um omem, armado com uma pistola glock (adquirida legalmente), atirou na congressista Gabrielle Giffords, no Juiz Federal John Roll e em, ao menos outras 17 pessoas. A motivação do atirador não foi ainda esclarecida. Bastou isso para que se reiniciasse a infindável discussão sobre a necessidade de diminuição de armas naquele país.

Infelizmente para os defensores da criação de leis que limitem ou dificultem a aquisição de armas, há pouca possibilidade de que o incidente de Tucson mude , de forma significativa, a cultura nacional americana. Se considerarmos que quase todos os congressistas possuem armas, bem como o imenso lobby que a indústria armamentista faz naquele país, parece-me impossível que tal ocorra.
Erich Pratt, diretor de comunicações da ‘Gun Owners of America’, disse que ‘os políticos precisam recordar que estes direitos não são dados por eles, vêm de Deus’. Curioso como, na boca de alguns, o ‘dê a outra face’ pode virar ‘crive esse cara de balas’, mas deixe para lá.
Fato é que armas não matam pessoas, o que matam pessoas são outras pessoas. Creio fielmente nisso. Veja o caso do Brasil, por exemplo: ter legalmente, uma arma aqui é uma das coisas mais difíceis que já vi e, sob meu ponto-de-vista, isso não diminuiu a criminalidade. Porque arma da mão de bandido ninguém tira, né?
Pois se obter uma arma legalmente é difícil; obter de forma ilegal é muito fácil. Aqui no Brasil é só dar uma voltinha numa ‘feira do rolo’ e você já sai de lá armado e, se quiser, até os dentes.
Vejo dinheiro sendo gasto com propagandas anti-armas aqui no Brasil. Maravilhoso! Quero saber se o bandido vai entregar as armas. Se você garante que o cidadão comum não terá armas, o bandido pode ficar ‘sossegado’, pois sabe que se invadir qualquer casa, não lhe será oferecida muita resistência.
Armas podem causar acidentes em casa’. Só se você for estúpido o suficiente para não satisfazer a curiosidade da criança de modo seguro. Toda a vida meu pai teve armas e nunca aconteceu nada de mau. Quando tínhamos idade para sair xeretando tudo, ele pegou a arma (descarregada, claro), permitiu que eu e meu irmão mexêssemos nela, explicou os perigos, advertiu-nos de nunca mexer sem autorização dele e ‘pronto-acabou’. Nossa curiosidade foi satisfeita. Agora, se o imbecil pai esconder a arma e nunca permitir que o filho a veja; claro que a primeira coisa que o infante fará quando tiver oportunidade, será mexer no ‘proibido’.
Claro que a possibilidade de acidentes ocorrerá: sempre vai ter uma criança idiota enfiando o dedo na tomada (ou empinando pipa com cerol; atravessando a rua sem olhar; tomando água sanitária, soltando bombinhas) ou adolescentes retardados fazendo ‘festas da farmácia’ (ou dirigindo bêbado, fazendo sexo sem camisinha, etc); afinal, a estupidez humana não tem limites. Mas o mundo é cheio de perigos e não dá para criar os filhos em volta de uma ‘bolha’. Daqui há pouco chegaremos ao extremo de proibir jogos de vídeo-game (ops, já chegamos neste ponto).
O que diria para os defensores do desarmamento: desarmem primeiro os bandidos. Transforme o mundo num local tão seguro que as armas fiquem obsoletas. Isso sim, seria algo digno de nota

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